quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Faladeira

Sabe matraca? Sabe minha filha?
Pois é, há quase 1 ano e 9 meses eu pari uma espécie rara de criança que não cala. A Maria começou a soltar a língua faz pouco tempo, e agora que soltou, acha que o mundo vai acabar em conversa.
Ela aprendeu que repetir o que a gente fala não é difícil, e que legal mesmo é me chamar umas 17 vezes. Sim, porque só uma vez não serve. Mas nós estamos todos encantados com o quanto ela tem desenvolvido bem a fala e com o quanto ela tem facilidade em imitar a nossa entonação. Acho que de uns 10 dias pra cá a pequena dobrou o vocabulário e atingiu o nível máximo de lindeza.
Como se não bastasse, ela tem estado extremamente carinhosa, beijoqueira, abraçadeira e tranquilinha. Tudo de bom depois de uns dias meio irritada (acho que foram os dentes, romperam dois chatos de uma vez).Ela tem até aceitado mais o colo de outras pessoas e tem reagido melhor quando brincam com ela. Quem conhece a Maria Luiza sabe que ela é meio arisca. E quem já se arriscou a brincar com ela e encostar no bracinho dela sabe que ela empurra a mão da pessoa e fala um "ou" com a cara de pau mais linda do mundo. E eu amo essa onça com todas as minhas forças.

É marrentinha, é menina agarrada com mãe, mas é minha. E se fosse tudo fácil seria sem graça. Que bom que ela me faz crescer, que bom ser mãe dessa menina.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Moça bonita com laço de fita

A Giovanna é menina vaidosa. Sempre foi.

Assim que passou aquela fase de bebê que não aceita nada na cabeça, ela começou até a pedir pra colocar, e a mamãe aqui adora. Agora então, que os cachinhos tão tomando forma, eu invento um monte de coisas e ela sempre fica linda.
Na verdade o cabelo da pequena é um mistério (era mais mistério ainda quando ela tinha uns 6 meses, pq não existia cabelo). O pai tem cabelo liso. O meu é ondulado-que-vive-de-chapinha. E não é que a danada tem cachos impecáveis? Daqueles que se você puxa a pontinha pra baixo e solta ele volta, sabe? Fofa de doer.

Aí que hoje enquanto eu enxugava e vestia roupa nela, ela viu a bonequinha bordada na bolsinha da Maria Luiza e mais que depressa soltou um: "Mamãe, faz  no meu cabelo igual tem no cabelo da boneca?". Aqui abro um parêntese pra informar que o cabelo da boneca está todo preso pro lado. Aproveito pra informar também que o cabelo da Giovanna ainda não atingiu nem um tamanhozinho chanel. Fazer aquilo parecia impossível. Mas mãe tem super poderes, né? Peguei um pente fino no banheiro, consegui juntar o pouco cabelinho todo do lado direito e amarrei. Pra dar um tcham a mais coloquei um lacinho tampando a xuxinha que tava amarrando.

O resultado foi uma criança rindo de uma orelha à outra, se achando a aluna mais linda da escola e, claro, uma mãe se acabando de orgulho da sua menina bonita.

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Como eu tinha falado no post anterior, ontem era o dia de sair o resultado das vagas na creche pública, e a Maria Luiza conseguiu uma delas. Tem um Cara lá em cima que tá mexendo os pauzinhos e ajudando a gente aqui em baixo. Ano novo. Escola nova. Mais um período de adaptação. Mas a satisfação de ver minhas filhas na mesma escolinha de novo é impagável. Tenho certeza que vai ser um lugar bacana pra ela e pro meu bolso, que vai voltar a respirar aliviado.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sexta-feira passada quando fui buscar a Maria Luiza na escola eu recebi a confirmação da notícia que a escola será fechada a partir do ano que vem. Previsível, mas lamentável. Tenho um carinho enorme por essa escolinha que durou apenas 3 anos. Quando ela foi inaugurada a Giovanna foi pra lá. Na época ela tinha 1 ano e 2 meses, eu trabalhava e estava ficando inviável deixar a pequena com a avó paterna (por uma questão de distância mesmo, a vovó Débora é avó pra ninguém botar defeito). A adaptação foi super tranquila e meu santo batia com o daquele lugar. A escola foi ficando conhecida no bairro, encheu de alunos, ganhou um espaço a mais pra berçário e tudo estava indo bem. Quando a Maria Luiza estava com 5 meses eu voltei a trabalhar, e ela ficava lá. A adaptação foi mais tranquila ainda (pra ela, já que ela ainda tava pequena e não estranhava), mas sofrida pra mim por deixar minha pititica lá. Mas eu não tinha escolha, eu precisava do trabalho que por sorte era, e ainda é, só de meio período.  Só que esse ano as coisas foram mudando por lá. As professoras continuavam ótimas, cuidadosíssimas, mas a dona da escola começou a passar por problemas de saúde, logo depois ficou grávida, teve uma gestação delicada, e eu senti que a escola não era tão bem administrada sem a Patrícia por perto o tempo todo. Vários alunos saíram, a dona da escola deu à luz semanas atrás e acabou decidindo por fechar a escola. É o fim do charmoso Hotel Escola Vivendo e Aprendendo.

Esqueci de comentar que em abril desse ano saiu a vaga pra Giovanna ir pra uma creche da prefeitura, mas pra Maria não. Vale lembrar que, por mais que eu adorasse a outra escolinha, as vagas na creche pública aliviariam bastante o meu orçamento. Esse ano fiz inscrição pra tentar a vaga pra Maria Luiza pro ano que vem, o resultado sai na segunda-feira. Mais do que nunca essa vaga é importante pra mim, e é mais provável que dê certo já que ela tem irmã na escola e ganha preferência por isso. Tô ansiosa pelo resultado pra poder programar minha vida e meus horários pro ano que vem.

Acho que 2011 vai ser um ano cheio de coisas novas, ótimo pra suceder um 2010 de tanta aprendizagem, um bocado de crescimento, e que por sinal eu vou fechar com chave de ouro. Entro de férias semana que vem, dia 09, e dia 18 sigo com meus pais e as pimpolhas rumo a Floripa. A primeira ida à praia, a primeira viagem de avião, tudo novo pra elas, tudo gostoso pra mim (e pensar que eu ainda não comprei nem biquini pra levar). Dá-lhe correria.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Estreando

Como eu disse no "quem sou eu", eu tenho 22 anos, sou funcionária pública, ex estudante de medicina veterinária, mãe da Giovanna, 4 anos, e da Maria Luiza, 1 ano e 8 meses (mas jáááá??Aham, já). Sei que pode parecer loucura, porque de fato foi. Fiquei grávida da Giovanna aos 18 anos e da Maria aos 20. Dois vacilos, dois sustos, dois anjos de presente pra mim.

Minha primeira gestação foi em 2006, a filha caçula da mulher que casou virgem ia ser mãe solteira (vou pular o capítulo do relacionamento com o pai das meninas), e eu decidi que não seria mãe de mais uma "menina criada com vó". Eu não queria simplesmente parir e empurrar pra minha mãe a responsabilidade de criar minha filha. Quem pariu Giovanna que embale, não é? E eu embalei, incontáveis vezes, incansavelmente. Abracei a causa, a filha e tudo mais que foi preciso. E assim foi com a Maria Luiza também, que veio pra dobrar a felicidade em casa e mostrar que ser mãe é a melhor experiência dessa vida.

Daí eu fui descobrindo que eu sou a pessoa mais poderosa do mundo. Descobri que eu tenho o colo mais gostoso pra dar e que é nesse mesmo colo que minhas filhas se sentem seguras. Descobri a doçura da palavra MÃE. Eu entendi que heroínas somos nós, que temos nas mãos a missão de moldar, educar e amar. E que assumir sozinha a responsabilidade de dar comida, dar banho, trocar fralda, levar pra escola, levar ao pediatra, trabalhar, por pra dormir e depois disso tudo não poder ir dormir porque tem uma pilha de roupa de criança pra lavar, é cansativo mas engrandecedor. Porque toda noite eu vou deitar com a lombar latejando mas o coração explodindo de felicidade com a sensação de dever cumprido.


E é isso, no 1º post, escrito no último dia 1º de 2010, eu me despeço com um beijo enorme a todos e um retrato do tal coração explodindo de felicidade.